O PS da Ribeira Grande acusou o Presidente da Câmara da Ribeira Grande de, na última reunião pública da Câmara da Ribeira Grande, impor um brutal aumento nas tarifas da água e dos resíduos, prejudicando, fortemente, a classe média do concelho.
“De nada vale o PSD da Ribeira Grande querer passar a ideia de que assim não foi nem tampouco recorrer à velha e estafada ladainha em que Gaudêncio e a sua equipa são useiros e vezeiros: as boas notícias são sempre por sua ação e as más notícias são sempre responsabilidade dos outros”, diz o PS em comunicado enviado às redações.
Alexandre Gaudêncio volta a não assumir as suas responsabilidades ao querer atirar para a Entidade Reguladora de Serviços de Águas e Resíduos dos Açores (ERSARA) competências que, na verdade, são exclusivas da autarquia, uma vez que a entidade reguladora apenas emite recomendações, tendo, para o efeito, recomendado a todos os municípios uma harmonização da estrutura tarifária em todos os Açores, o que não implica qualquer aumento dos preços da água, ao contrário do que refere o edil da Ribeira Grande.
Assim, todo e qualquer aumento das tarifas e taxas é única e exclusivamente responsabilidade do executivo camarário, não definindo, a ERSARA quaisquer valores a aplicar pela prestação dos serviços de abastecimento de água, ou outros.
O PS Ribeira Grande denuncia, ainda, o comportamento do Presidente da Câmara Municipal que, por estes dias, revelou mais uma vez a sua falta de dimensão política quando, na recorrente ânsia de a todos agradar, decidiu referir-se ao problema da pobreza nos Açores, esquecendo-se, porém, de esclarecer por que razão Alexandre Gaudêncio recusou que a Câmara Municipal da Ribeira Grande participasse e desse o seu contributo para a “Estratégia Regional de Combate à Pobreza e Exclusão Social 2018-2028”, vindo, agora, encher a boca de críticas quando, na verdade, perdeu a oportunidade de contribuir, com propostas concretas, para a referida Estratégia.
Essa forma dissimulada de estar na política, em que perante os problemas ao invés de apresentar soluções, revela maior preocupação em passar politicamente incólume, pelos pingos da chuva, só prejudica a cidade e o concelho. A Câmara Municipal da Ribeira Grande não pode nem deve ser instrumentalizada nem transformada, como Gaudêncio está a fazer, na sede do PSD/A. Não foi para isso que os ribeira-grandenses votaram nas últimas eleições autárquicas.